sábado, 7 de setembro de 2013

Jota Quest - Uma nova maldição?

Jota Quest – Uma nova maldição?


Saulo Ícaro

                Era uma noite ensolarada (exagerei, mas até seria provável em se tratando de Irecê, porém só estava calor mesmo) de 20 de Abril de 2011. Irecê vivia a expectativa de um grande show – afinal, é quase que unanimidade os “belos” shows de pagodão e demais ritmos da MPB (Música Pejorativa Baiana) que aparecem por aqui. Jota Quest iria fazer sua primeira apresentação – talvez última – na cidade, e é claro que eu não deixaria de ir... e nem nosso projeto indefinido de herói, Mateus!
                Tudo combinado, descemos pra rua... levei umas brejas que tinha em casa pra molhar o bico. Mateus desde o início já se preocupava com a Lei de Murphy (“se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, DARÁ”) – algo o dizia que talvez a noite não seria tão boa pra ele.
                A esta altura, Mateus já tinha se deleitado sobre um litro de vinho (fato que a todo o momento fazia questão de lembrar), ainda no colégio (!), não lembro por qual ocasião. Por esse motivo se preocupava em misturar a cerveja. Mas claro que misturar é com nosso amigo! Mesmo preocupado, não deixou de se entregar a outros líquidos (sem pensamentos sujos Duca). Eis que surge, já próximo ao ambiente da selvageria alcoólica de jovens pulando e se drogando ouvindo música alta festa, uma pequena barraca de bebidas, chamada coincidentemente de “Caipirinha do Bad Boy”. Isso logo fez vir à mente de nosotros Tiago Bad, e por isso mesmo Mateus logo sugeriu homenagearmos nosso amigo comprando várias uma caipirinha (que depois viraria duas, três...) – o medo da mistura já havia se dissipado. Nós nem mesmo tínhamos entrado na festa e Mateus já fazia suas típicas caretas sinalizando nível muito baixo de sangue em sua corrente alcoólica. Pois bem, era chegado o momento de entrar na dita festa: Jota Quest nos aguardava!
                Ao adentrarmos a área delimitada para o show, quase que de imediato encontramos alguns de nossos bons amigos. Papo vai , papo vem, risadas, piadas, viadagens de Mateus (normal, normal), som rolando de uma banda que eu nem lembro quem era (mas era boa, admito), eis que num momento de distração – e embriaguez avançada – nosso Dom Quixote do Sertão (nem precisa dizer que é Mateus né?) tropeça – segundo testemunhas este também fora empurrado – em uma elevação na praça, e depois de um “duplo twist mortal carpado invertido em ângulo de 27,3° perpendicular à hipotenusa transversal ao chão” de fazer inveja a Daiane dos Santos, Mateus vai à nocaute, esbarrando-se contra o solo. Em pronta reação (depois de alguns risos escandalosos discretos de parte da galera), Mateus foi ajudado por seus amigos a se reerguer, embora parecesse querer voltar ao chão, sem entender o que havia acontecido.
                Mas esse não era ainda o ápice da noite Murphyniana de Teteu Espíndola, isso viria pouco depois. Após o fenomenal tombo, algumas resenhas se seguiram, e sabem como Mateus zangado é né: ameaça deixar o recinto (quando não tenta acertar alguém com algum objeto inanimado que esteja próximo). Mas dessa vez foi diferente, ele não ameaçou. Simplesmente Mateus, sem prévio aviso ou qualquer cena boiolesca pra chamar atenção, se pôs a ir em direção à saída da festa. Logo que avistei isso – eu também já não estava em pleno controle de minha coordenação motora – avisei a galera e fomos atrás de Mateus, porém em vão. O mesmo ultrapassou os limites da festa, e os seguranças nos avisaram que se fôssemos atrás não mais entraríamos.
– Tchau Mateus! – Dissemos.
                Tais fatos aconteceram antes mesmo de Jota Quest subir ao palco! No outro dia, ao ser perguntado sobre o show, Mateus indagou: “Cara, acordei sem saber de nada. Eu subi no palco e cantei com Flausino?!”. É, bródi, acho que não. Nem mesmo ele sabe como sua mãe ou mesmo sua tão adorada, amável, e delicada irmã não acordaram com sua chegada em meio à madrugada. O fato é: Mateus nunca conseguiu ver um show de Jota Quest (também só foi em um, até onde eu saiba)... seria o capiroto (alien, demo, satan, Mefis Obaid, “Toin Neto”, Voldemort, ou sei lá mais que estranha criatura mítica possa ser) aprontando novamente com o cara, assim como tem feito nas festas do rei do axé, Luiz Caldas? Não se sabe... Certo é que até hoje ele culpa, além de Murphy e sua lei tão apropriada, Bad Boy, com sua barraca de caipirinha, afirmando ter sido ela a responsável por tamanha decepção musical na vida dele.


Obs.: Algo que ele lamenta, não ter ficado no show, mesmo que não lembrasse nada depois. Ele me “inveja” por que fiquei – mesmo que eu não estivesse presente espiritualmente, só fisicamente – eu lembro quase nada depois que ele foi embora... hehehe. Ah álcool.

9 comentários:

  1. Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.

    :o)

    Força, Vascão!

    ResponderExcluir
  2. Papito, só é bulling se a pessoa se ofender, Mateus adora ser zoado.
    Vide comentários do mesmo nas outras postagens.

    abraços!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O próprio Mateus permitiu que fizéssemos o blog... rsrsrs

      Excluir
  3. eu pensamento sujos...kkkkkkkk..que "porra" liquida era aquela que mateus bebia..se não p...

    ResponderExcluir
  4. vcs parem de bulinar Mateus, só vivem bulinando o bichinho. sacanagem.

    ResponderExcluir
  5. Ôrra, curti demais esta de Saulo - teremos um novo Jorge Amado neste blog ?! (rsrsrs)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hehehe... valeu man! Se você ta curtindo, ta de boa... =D

      Excluir